ENERGY STAR: um possível modelo para avaliação de lâmpadas de leds no Brasil
Como se sabe atualmente o mercado de led vem crescendo sem controle a cada dia. Tendência certa para substituição de fontes de luz convencionais, as lâmpadas de led ganham espaço e atenção do consumidor final, que embora pague mais caro inicialmente, tem a vantagem de uma vida muito mais longa e um consumo inferior. O que ocorre no Brasil, entretanto, é a existência de muitos produtos de qualidade questionável e a inexistência de um meio de seleção confiável, que garanta uma boa compra ao consumidor.
Os processos de etiquetagem ou certificação de produto como ocorrem com lâmpadas fluorescentes compactas e reatores eletrônicos respectivamente, seriam uma maneira para garantir um nível mínimo de qualidade dos produtos de led. Atenta à necessidade do mercado, o INMETRO e a Eletrobrás vem trabalhando para definição de uma metodologia a ser aplicada no Brasil.
Uma referência importante para esse trabalho é o programa ENERGY STAR dos Estados Unidos, etiquetagem voluntária como o Selo Procel. Os produtos que conseguem o Selo ENERGY STAR são produtos que atendem a diretrizes rigorosas de eficiência definidas pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, usando menos energia. Segundo o programa ENERGY STAR, economizar energia ajuda a economizar dinheiro em contas de serviços públicos e a proteger o meio ambiente, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa na luta contra a mudança climática.
Uma lâmpada ENERGY STAR nos EUA:
Economiza cerca de US $ 6 por ano em custos de eletricidade e pode economizar mais de US $ 40 ao longo de sua vida;
Atende a requisitos rigorosos de desempenho que são testados e certificados por laboratórios de terceira parte;
Utiliza cerca de 75% menos energia do que uma lâmpada incandescente tradicional e dura pelo menos seis vezes mais;
Produz cerca de 75% menos calor, por isso é mais seguro de operar e pode reduzir custos de energia associados com a refrigeração da casa.
Atualmente existe selo ENERGY STAR para lâmpadas fluorescentes compactas e de led. Para os leds, ela define características de desempenho mínimas visando garantir um mínimo de qualidade e confiabilidade nos produtos. Ver Tabela 1.
Tabela 1: Requisitos de desempenho do Programa ENERGY STAR nos EUA:
No Brasil, critérios específicos de desempenho precisam ser adotados em função de características elétricas locais e características de produtos encontrados no mercado, como por exemplo, existência de muitas lâmpadas com temperatura de cor superiores a 4000K.
A ENERGY STAR, entretanto, é um bom modelo para definição de critérios de desempenho de lâmpadas, uma vez que define parâmetros de vida útil, taxas de falha, depreciação máxima de fluxo luminoso ao longo da vida, características cromáticas como variação da temperatura de cor durante a vida, além de especificar critérios para ensaios de segurança. O futuro programa brasileiro deverá alinhar os produtos existentes no mercado com as normas locais recentemente lançadas e critérios de programas, como a ENERGY STAR, para estabelecer padrões nacionais próprios e garantir ao consumidor critérios de avaliação de desempenho e conformidade de produtos.