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Iluminação Eficiente

Blog de especialistas da EXPER

 

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Um novo método para análise da reprodução de cor



Há pelo menos duas décadas, pesquisadores internacionais e a indústria de iluminação vem discutindo metodologias para avaliar de forma mais eficaz a reprodução de cores de fontes de luz. Em agosto, a Illuminating Engineering Society (IES) lançou um Memorando Técnico, a TM-30-15, com o intuito de propor o método da IES para avaliação da reprodução de cores das fontes de luz.


Com o intuito de futuramente substituir o Índice de Reprodução de Cor (IRC), largamente conhecido e utilizado pelos profissionais de iluminação para classificar fontes de luz conforme sua capacidade de as reproduzir cores, a TM-30-15 é resultado do trabalho de um Grupo formado por representantes de indústrias (Cree, Soraa, Philips), especificadores, institutos de pesquisa/laboratórios (NIST) e governo (DOE) americanos que se formou em 2013, com o objetivo de resolver as limitações proeminentes método do IRC, lançado na década de 1940 pela CIE.


Pouco se fala, mas o Índice de Reprodução de Cor (IRC ou CRI ou Ra) é uma métrica que considera a análise da fidelidade de apenas 8 cores em relação a uma fonte representativa de luz natural. Estas cores (R1 a R8), selecionadas no sistema Munsell, além de serem poucas não representam cores saturadas por serem cores em tons pastéis, cores com baixo croma. Atualmente o IRC é analisado com mais 6 cores adicionais (R9 a R14), que representam cores mais saturadas e cores encontradas na natureza: vermelho intenso (R9) , amarelo intenso (R10), verde intenso (R11), azul intenso (R12), tom de pele caucasiano (R13) e verde oliva tom de folha (R14).

Amostras de cores consideradas no método do Índice de Reprodução de Cor (R1 a R8) e cores adicionais (R9 a R14).

Com a proliferação da iluminação de estado sólido, o R9 começou a ser bastante evidenciado por fabricantes de LEDs. Isto por que, a nota para reprodução desta cor, um vermelho intenso, geralmente é a mais crítica, muitas vezes chegando a ter valores negativos. Os bons LEDs apresentam notas altas em relação ao R9, geralmente superior a fontes convencionais como lâmpadas fluorescentes e de vapor metálico. Desta forma, a nota do R9 começou a ser destacado individualmente em relação ao IRC.


O IRC como método de avaliação, entretanto continua sendo pouco representativo, pois considera apenas cores pontuais. Com os LEDs é de certa forma fácil obter notas altas em cores específicas. É possível aumentar o IRC, mexendo-se na composição espectral do LED, sem contudo significar obrigatoriamente que a fonte de luz reproduza bem a totalidade de cores observadas.


O método proposto pela IES tenta sanar essa limitação, pois trabalha com uma amostragem de cores bem maior. São 99 cores, representativas de cores que se estendem por todo o espectro de cores e representativas de cores encontradas nos ambientes.


Além disso, ao contrário do IRC, que mede apenas a fidelidade de cor, a TM-30-15 fornece uma caracterização mais completa da cor medindo a fidelidade de cores (proximidade de uma referência) e a avaliação da gama de cores (gamut area), relacionada ao aumento ou diminuição da saturação. A TM-30-15 acrescenta a gama de cores para avaliar a variação de croma de objetos iluminados. Além disso, utiliza métodos avançados de cálculo para medir mais dimensões da cor, incluindo a direção de mudanças de cor, mudanças no croma, e informações sobre regiões específicas de matiz. Ele também oferece maneiras de medir a preferência humana e o potencial de discriminação de cor.


Com dois principais parâmetros numéricos (fidelidade de cores e gama de cores) e outras ferramentas de visualização (como um ícone de distorção de cor), este novo sistema visa proporcionar uma melhor compreensão da interpretação de tons específicos.


O método recém estabelecido pela IES ainda não foi reconhecido internacionalmente pela CIE como um método para substituir o IRC definitivamente. Embora seja consenso que o IRC deva sofrer alterações, ainda existem discordâncias sobre o método para que o mesmo seja instituído oficialmente como norma ou recomendação internacional. Contudo, um grande passo foi dado pelos organismos americanos no intuito de se avaliar de forma mais eficaz a aparência das cores sob a iluminação das diversas fontes de luz.

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